Características genéticas e epidemiológicas do vírus da doença de Gumboro circulante em lotes de frango de corte no Brasil

Autores/as

  • Jorge Chacón Ceva Saúde Animal, Brasil.
  • César Nunes Ceva Saúde Animal, Brasil.
  • Cristiano Trancoso Ceva Saúde Animal, Brasil.
  • Alex Laurindo Ceva Saúde Animal, Brasil.
  • Jaime Sarabia Ceva Saúde Animal, Brasil.
  • Marco Lopes Ceva Saúde Animal, Brasil.
  • Luiz Sesti Ceva Saúde Animal, Brasil.

Palabras clave:

Caracterização molecular, Vacina complexo imune, Variante IBDV

Resumen

As vacinas contra a doença de Gumboro (IBD) aplicadas no incubatório têm sido eficazes para controlar a forma clínica da doença. Porém, são necessárias pesquisas sobre a epidemiologia dos vírus variantes que causam a forma subclínica. Uma pesquisa epidemiológica foi conduzida para determinar a eficácia dos programas vacinais usados para prevenir a circulação de vírus variantes subclínicos. Bursas de 156 lotes de frango de corte vacinados foram coletados entre 30 e 32 dias de idade e submetidos a detecção e tipificação molecular analisando o gene VP2. Os lotes foram previamente vacinados no incubatório da seguinte forma: com duas vacinas Complexo Imune (CI) (ambas contendo a cepa Winterfield 2512; vacina 1: 72 lotes, e vacina 2: 22 lotes), os lotes restantes receberam vacina vetorizada em HVT (rHVT-IBD: 62 lotes). Uma vacina viva convencional foi aplicada como reforço aos 14 dias de idade via água de bebida em 34,7 %, 45,5 % e 16,1 % dos lotes de cada programa vacinal, respectivamente. Vírus vacinal e variante foram detectados em 21,2 % e 47,4 % dos lotes, respectivamente. IBDV não foi detectado em 25,6 % dos lotes, enquanto o vírus vacinal aplicado na granja foi detectado em 5,8 % dos lotes. Lesões macro e microscópicas foram classificadas como moderadas. A análise genética mostrou que os 74 vírus variante sequenciados no estudo pertencem ao Genogrupo 4. A sequência de nucleotídeos e aminoácidos revelou 92,1-100 % e 94-100 % de identidade entre elas, respectivamente. A homologia genética entre os vírus variante sequenciados no estudo variou de 86,1 a 97,2 % para nucleotídeos e de 90,4 a 98,8 % para aminoácidos quando se compararam com vírus variante previamente detectados no país. Os vírus variantes foram detectados principalmente nos lotes vacinados com rHVT-IBD (62,9 %). A menor detecção aconteceu nos lotes que receberam vacina CI (vacina 1: 34,7 % e vacina 2: 45,5 %). Não se observou redução de vírus variantes nos lotes que também receberam vacina via água de bebida na granja. Interessantemente, as granjas que reutilizaram cama por mais de um ano presentaram maior detecção de vírus variante (45,8 %) que os lotes com reuso de cama menor a um ano (13 %). Em conclusão, embora as vacinas CI foram efetivas para controlar os vírus de campo, esta pesquisa mostrou uma ampla distribuição geográfica de vírus variante, sugerindo a necessidade de melhorar as medidas de biosseguridade e imunoprofilaxia.

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Publicado

2025-04-07

Cómo citar

Chacón, J., Nunes, C., Trancoso, C., Laurindo, A., Sarabia, J., Lopes, M., & Sesti, L. (2025). Características genéticas e epidemiológicas do vírus da doença de Gumboro circulante em lotes de frango de corte no Brasil. Veterinaria (Montevideo), 61(Suplemento 1), 51. Recuperado a partir de https://www.revistasmvu.com.uy/index.php/smvu/article/view/1453

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